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Por algum tempo, executivos de alto nível expressaram preocupação de que a conectividade tenha sido permanentemente degradada pelo ambiente de trabalho virtual, acreditando que isso reduz a inovação e diminui as oportunidades e iniciativas de colaboração interna. À medida que setores dentro de uma organização se tornam mais isolados, os elementos de comportamentos tóxicos no ambiente de trabalho estão aumentando.
Um estudo conduzido pela Sloan School of Management do MIT
revelou que uma cultura organizacional tóxica é a principal razão pela qual as pessoas deixam seus empregos, sendo mais de 10 vezes mais relevante para a rotatividade de funcionários do que a remuneração. Além disso, apesar da flexibilização do mercado de trabalho historicamente limitado, os funcionários não precisam aceitar um ambiente de trabalho que considerem antiético, desagradável ou desalinhado com seus valores fundamentais.
Infelizmente, identificar um ambiente de trabalho tóxico pode ser difícil, pois muitas vezes (mas não sempre) ele se manifesta em níveis gerenciais e pode assumir diferentes formas, como assédio, bullying ou práticas antiéticas. Além disso, trabalhadores híbridos ou remotos podem sofrer assédio por meio de e-mails, durante videoconferências (ou serem excluídos de convites para reuniões), chamadas e aplicativos de mensagens. Um local de trabalho tóxico pode ser aquele que:
- Desvaloriza seus funcionários.
- Paga mal (em alguns casos).
- Não reconhece ou recompensa o desempenho excepcional.
- Valoriza o cliente em detrimento dos funcionários.
- Não permite ou não incentiva o avanço educacional ou de carreira.
- Nega voz aos funcionários.
- “Manipula” os funcionários por meio de uma série de acusações abusivas e frequentemente falsas.
- Viola os limites.
- Não separa vida pessoal e profissional, criando horários imprevisíveis.
A questão que surge é: como os líderes organizacionais podem criar as condições adequadas para identificar e eliminar qualquer tipo de cultura tóxica, apoiar seus colaboradores, promover o desenvolvimento no ambiente de trabalho e garantir a saúde física e psicológica da equipe?
Sinais
Os indicadores listados abaixo podem sinalizar uma cultura de trabalho tóxica em declínio ou em curso:
- Mudanças no comportamento da equipe, tornando-se menos amigáveis entre si.
- Aumento de faltas.
- Falta de engajamento dos funcionários.
- Alto turnover da equipe.
- Desempenho de baixa qualidade ou incapacidade de concluir as tarefas no prazo.
- Redução do desejo de colaborar com outras pessoas.
- Conflitos, falta de vontade de cooperar e bullying.
- Aumento da frequência de incidentes ou erros.
- Poucas ou nenhuma oportunidade de crescimento e promoção dos funcionários.
- Mudança de cultura.
Compreender claramente os objetivos culturais, expectativas e políticas da sua organização é essencial e deve ser liderado pela alta gestão. Os gestores e líderes de equipe devem manter um diálogo aberto e regular com seus funcionários para incentivar atitudes e comportamentos positivos em toda a empresa. A liderança deve esclarecer quais comportamentos são inaceitáveis e garantir responsabilização quando as normas não forem atendidas, estabelecendo mecanismos claros para o relato e investigação de violações das políticas corporativas.
Engajamento e comunicação dos colaboradores
É fundamental obter feedback frequente e relevante dos colaboradores sobre sua satisfação no trabalho, bem como sobre quais iniciativas poderiam beneficiá-los mais. Muitos benefícios bem-intencionados acabam não tendo impacto porque são implementados sem consulta prévia aos colaboradores. Além disso, o engajamento dos colaboradores precisa ser uma via de mão dupla. Comunicações regulares sobre questões do trabalho e esforços para solucionar problemas identificados são sempre bem recebidos pelos colaboradores.
Equilíbrio
Os colaboradores estão atribuindo grande importância à cultura organizacional e às iniciativas de bem-estar ao considerar novas oportunidades de trabalho. Parte dessa expectativa cultural inclui um forte compromisso com o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Como os limites entre casa e trabalho se tornaram mais difusos, a liderança precisa estabelecer barreiras para evitar o aumento do estresse relacionado ao trabalho. Um relatório sobre saúde mental e bem-estar no local de trabalho, publicado pelo Surgeon General dos EUA, destaca a importância da harmonia entre vida pessoal e profissional, valorização dos colaboradores e oportunidades de crescimento como elementos essenciais para a saúde mental e o bem-estar no ambiente corporativo. O estudo também abordou outros fatores importantes.
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